6 de dezembro de 2010
05/12/2010
1 de dezembro de 2010
09/11/2010
28 de novembro de 2010
25 de novembro de 2010
25/11 (antecipada)
23 de novembro de 2010
supra-sumo da incerteza.
18 de novembro de 2010
16 de novembro de 2010
manias.
15 de novembro de 2010
surpresa colorida.
11 de novembro de 2010
Aninha, como toda moça que ama muito, sentiu no ar a podridão. Meu primo, como todo homem, fez Aninha pensar que estava ficando louca e inventando tudo aquilo. Aninha, que estava há mais de seis horas apenas tentando ser perfeita, desabou mas evitou chorar na frente de todo mundo e, de cabeça baixa e mãozinhas fechadas de ódio, foi ao banheiro mais próximo e se entregou a um rio sem fim de lágrimas.
A família inteira, de tio machista a tia metida a modernete, esbravejou contra Aninha: onde já seu viu armar essa palhaçada! Onde já se viu estragar a festa por causa de uma besteira! Homem olha mesmo, homem não presta, uma mulher precisa ser superior a tudo isso! Uma mulher precisa ser equilibrada e mulher só casa se e bláblábláblá.
Eu apenas me levantei, peguei um brigadeiro de colher, e fui ao encontro de Aninha no banheiro. A abracei e chorei junto com ela. Mais de onze anos nos separavam mas naquele momento, éramos apenas duas mulheres que sofriam de amor. Ela pelo meu primo e eu por tantos outros que ficaram pra trás. Ela ainda não tinha aprendido a virar uma escrota maluca e largar o cara falando sozinho na festa, ela ainda tinha a bondade de ir chorar no banheiro e esperar que a vida pudesse voltar a ficar bonita depois da descarga cheia de papel higiênico com ranho. Eu, infelizmente, já tava mais pra loira safada do que pra Aninha.
Come o brigadeiro, Aninha. E eu torço, do fundo do meu coração, pra que você consiga virar essa mulher que não enlouquece, que é superior, que entende a natureza, que aceita que os homens flertam mesmo, procuram mesmo, não conseguem mesmo, mas que, aos poucos, talvez, você consiga acalmá-lo, casar, ter filhos e que, talvez, sei lá, você possa aceitar essa natureza nojenta, o mundo como ele é. Você vai ser mais feliz do que eu, querida, até porque, com tanta doçura e meiguice e feminilidade, o mundo te aceita melhor. Você pode. Não chore. Você pode.
Eu nunca consegui, nunca, eu quero que a natureza se foda. Eu peguei meu casado dourado e fui embora."
8 de novembro de 2010
segunda carta ao universo. (não que a primeira tenha sido postada.)
25 de outubro de 2010
23 de outubro de 2010
21/10/10
22 de outubro de 2010
tapa.
21 de outubro de 2010
e se...
18 de outubro de 2010
velha com gatos?
15 de outubro de 2010
a esperança também cansou.
12 de outubro de 2010
repulsa
dave.
6 de outubro de 2010
tédio-gigante.
4 de outubro de 2010
muito pouca força já é alguma.
21 de setembro de 2010
insuportável.
17 de setembro de 2010
12:57
16 de setembro de 2010
16/09/10
14 de setembro de 2010
fundo.
1 de setembro de 2010
Quando vai dando assim, tipo umas onze da noite, o horário que a gente se procurava só pra saber que dá pra terminar o dia sentindo algum conforto. Quando vai chegando esse horário, eu nem sei. É tão estranho ter algo pra fugir de tudo e, de repente, precisar principalmente fugir desse algo.
E daí se vai pra onde? "
31 de agosto de 2010
11 de agosto de 2010
10 de agosto de 2010
alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho…
Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons
importa, que é meu sentimento… e não brinque com ele.
E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca
cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.
forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe…
Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz.
Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia,
e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos,
talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.
Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas…
Que a esperança nunca me pareça um “não” que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como “sim”.
Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder
dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim,
sem ter de me preocupar com terceiros…"
3 de agosto de 2010
"eu tenho tentado lhe dizer algumas coisas
há bastante tempo
perdi as minhas forças por você, e hoje
meu peito dói, dói, dói, por algum motivo e eu não
consigo achar
minha alma cai, cai, cai, de vez em quando eu sofro
e eu continuo a me preocupar
perdido no vazio desse sentimento
me encontra amanhã
pra gente conversar
desse sentimento
me encontra amanhã...
e mesmo que falte a coragem, ou sobrem, sobrem
palavras tolas
a gente pode rir, ou até mesmo chorar
tentei me aproximar por tantos motivos
mas fiquei só
esperando insistentemente
pra encontrar contigo
e te dar milhões de beijos sem ficar ouvindo
cobranças de amor
e encontrar você sorrindo
no meu coração, no meu coração
e te dar milhões de beijos sem ficar ouvindo
cobranças de amor
e encontrar você sorrindo
no meu coração...outra vez
minha alma cai, cai, cai
de vez em quando eu sofro."
(cidadão instigado)
22 de julho de 2010
16/06
21 de julho de 2010
Comigo me Desavim
Sou posto em todo perigo;
Não posso viver comigo
Nem posso fugir de mim.
Com dor, da gente fugia,
Antes que esta assim crescesse:
Agora já fugiria
De mim, se de mim pudesse.
Que meio espero ou que fim
Do vão trabalho que sigo,
Pois que trago a mim comigo
Tamanho imigo de mim?"
19 de julho de 2010
16 de junho de 2010
13/06/2010
o não saber, recheado de carinho, acalma o coração e adoça a vida, assim como foi desejado e passado ao universo. este, conspira a favor e mesmo que não queira, flui no ritmo de corpos em perfeita harmonia, funcionando com serenidade.
traz o calor solicitado, a transcendência dos momentos (únicos e) pertencentes a corações novos e machucados, recuperados, doces e abertos à sinceridade.
analisando com a calma adquirida nesse novo ciclo, há a certeza de ser bom demais e a busca (deliciosa e) de pouco em pouco da almejada VERDADE.
assim, acordaram a doçura.
12 de junho de 2010
12 de junho.
18 de abril de 2010
ce-do-ce
seria tão, tão forte, como o que revira aqui dentro em flashes durante o dia e permanece à noite sólido e lúcido, congelando e queimando.
desejaria olhar por toda estação pros seus olhos, de um pro outro, do outro pro primeiro descobrindo a cada segundo um novo ponto de doçura nunca visto antes, justamente pelo sentimento se modificar e germinar um poquinho mais a cada noite (distante) com a maior serenidade que existiu nos últimos dias.
almejaria a presença constante e a profundidade (e transcendência) do beijo mais iluminado que as bocas provaram nas madrugadas regadas a dedicação, homenagens e carinho.
choraria a felicidade mais vazia e incerta do mundo, mesmo que doesse o aperto na garganta (e no peito), por lembrar o quão parecida é a serenidade de polos opostos e amor semelhante.
os paralelepípedos nunca foram tão leves como agora, nem a vontade tão intensa. o sol nunca havia cumprimentado nem a mente racionalizado toda a doçura.
assim nasceu a primeira flor.
1 de março de 2010
.
o painel faz rir em dobro, absurdos objetos espalhados misturam-se em pernas e peles macias, tecidos aquecidos e a selvageria mais profunda e delicada.
antigo. respeito. diferença. novo enredo de um conto áspero e boca profunda, capaz de afogar o mais experiente marinheiro, mesmo que munido de espirais douradas até os dentes.
o afago mais transcedental-momentâneo e apromessa mais efusiva e sem fundamento. talvez igual as outras porém mais densa, capaz de marejar em poucos segundos, com poucas (ou nada de) palavras os mais doces caleidoscópios de mel.
o peito pede (nova) vida, os olhos desrespeito, mas sucumbem ao couro transparente do combate ao doentio.
é covardia, mas apesar da fixação por minutos, já foi exilado desse país...
(21/01/2010)