28 de novembro de 2010

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só dois monstros de olhos amarelos e focinhos nervosos, poderiam compreender tudo agora (22:39).
essa semana peguei um táxi e estranhei a forma de dirigir do motorista. ele não cortava os carros e motos, nem corria e pisava fundo como você. meu quarto, minha cama, tem seu cheiro. ás vezes falo no plural. planejo futuros meus, em que você não se pronuncia. passo fins de semana completos com você. precisei de algo forte passando pela garganta e nem tinha tanta vontade, mas fazem tantos anos que pra mim tanto fez. segurei minha beleza e talvez por isso, eu viva de mãos fechadas, não acredito nesse mundo, nem em cenas finais de filmes. estou surda e com os ouvidos inflamados e entupidos por falta de ouvir. a cama sem você fica tão grande e parece que tudo o que me agrada, que sempre me cercou e eu exponho, é idiota. eu me sinto idiota, logo, lembro que esse mundo não me pertence e nem eu a ele... e que o amor sem grandes explosões é o amor duradouro, mas que eu não sou loira, sou magra, olhos fundos... geralmente injetados de sono e mesmo assim, alguém me ama (em relacionamento). deve ser excêntrico, mas sente raiva por eu ser assim e eu confundo o eu dele e eu me afundo nesse mar de almofadas, onde eu sou a mulher mais linda e cobiçada.

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