5 de maio de 2013

Tá bom II

Acordei fervendo de calor, um calor estranho e pulei da cama a te procurar. Eu sabia que você me salvaria, talvez nisso também contenha muito erro. Procurei o apartamento todo, acreditando que em algum canto eu escutaria qualquer canto que fosse me curar.
Essa onda psicológica é intensa demais e os resquícios da fábrica de pensamentos ainda dão a impressão de um motor velho que ameaça pegar no tranco, mas sucumbe ao gasto.
E minha barriga dói, dói... bem no fundo e agudo.
Acordei lembrando da roda de samba que tem aos primeiros domingos, da qual eu já tinha te dito e prometido que te levaria. Mas o bilhete que também procurei, procurei... não veio. Veio outro, que machucou um pouco e me fez contorcer de mais dor na barriga. Certo, não errado. Talvez fosse eu a autora daquele conteúdo se estivesse em outro lugar (e tempo), porque entendo muito bem e me expresso parecido.
Até o que dói vindo de você, é confortável.
Tá vendo? Não é só o que você pensa... Essa merda de onda psicológica profunda é pros rasos, ou pra quando eu tiver espaço pra expandir tanto.