28 de abril de 2013

A guiar minha vida com mais amor.


E eu fico muito feliz quando sou instrumento de paz. É esse cair de ficha que eu ainda não tive, que eu sei que existe e é necessário, libertador... mas só posso ter sozinha, não sei qual é minha dificuldade em dividir.

Eu sei que não amo, juro que sei, mas o que eu senti enquanto isso? Só a dependência emocional?
Sabe qual é o motivo da minha negação? Acabei de chegar a um ponto chave.. eu não consigo acreditar no poço de maldade em que eu fui atirada, no sentido mais violento da palavra, logo quando eu dei mais do que minha alma podia e devia.
Porque eu só choro quando penso nisso e porque eu não tenho as boas lembranças, porque essa merda toda sumiu da minha mente e me dá medo!
Nada que some é bom, só é bom quando você enxerga ir... o que some reaparece de repente assustando feio, e eu me assusto muito fácil porque vivo dentro dessa bolha de bondade que eu inventei e acredito nela.
Eu preciso da força que é enxergar todo o processo acontecer e ver desintegrar todo esse mal que eu sei que existe, nós reagimos diferente um do outro, eu tenho mais medo de assombração que você, seus fantasmas eram maiores e eu preciso matar os meus, sozinha.
Mas você pode estar do lado pra me abraçar quando eu voltar correndo, depois da luta vencida, sabe? Eu vou precisar de um peito e um colo reconfortantes e até da sua força física pra me apertar e lembrar da minha força vital. 
Mas eu preciso ir sozinha até "lá"... porque só eu sei o caminho e é complexo sim, por enquanto.
Eu não tô com medo disso.
Mas aí veio você...posso continuar?
Daí chegou você e arrancou de dentro de mim muito mais da metade da dor toda que tava apertando, eu comecei a conseguir enxergar meu corpo e a mente e a alma de fora, de novo... Porque esse meu (nosso) enxergar, de saber quem eu sou é que me faz forte pra auto-defesa, mas eu precisava de ti e nem sabia que precisava.
Eu não estou usando a noite de ontem na construção do que você é e significa pra mim, acredite, é medo de você não receber com suavidade a minha dor, mais... Medo de te "perder" apesar desse tipo de palavra não combinar conosco. A única forma de aceitar dividir com você é essa, entende? Poder falar o que eu quiser, sem medo porque você já deixou bem claro sem dizer nada, que eu estou protegida aqui. Que se meu coração ou garganta apertarem, sua poesia e sua melodia são curativas, pelo menos comigo. Estou mais contigo.
Tem gente que escolhe ser má e gente que nem sabe que existe poder escolher, que bom que nós nos detectamos no meio de tanta gente oca, que beleza nós sermos sensíveis e nossa arte aflorar como um porre delicioso de café. Você vem despertando o melhor de mim até com as frases mais emudecedoras (e boas), de areia.

25 de abril de 2013

Atrás da porta.

Você perdeu tanto de mim... tudo de mim é muito. Teria ganhado (além do que já havia) muito mais afeto e proteção pro coração, do que noites e dias mais vazios, mais e mais vazios. Mas isso não é sobre você nem sobre lamento.
É sobre mim e o quanto eu possuo aqui dentro, sobre enxergar x cegueira sentimental, ser um par e sobre o quanto eu venho varrendo a dor pra debaixo do tapete na última semana.
Quando acumulou sem mais delongas, tentei esconder atrás da porta ("reclamei baixinho... dei pra maldizer o nosso lar" e etc.) sem êxito. Por saber quem sou.
Isso é sobre o porquê desse mecanismo de defesa da mente que não me deixa nem visualizar seu rosto não sendo amorfo, quando meu coração é sempre transparente. Sobre espalhar essa mágoa doída pelo chão pra ver melhor, assimilar, ressignificar e deixar ir.
Pela primeira vez não se trata unicamente de amor romântico... e muito pelo contrário, é quase só sobre amor próprio. O tal é que está me sufocando (ou tentando limpar a cena) e é por ele que esse resto todo precisa tomar seu rumo.
Não existe excedente de todo aquele amor que eu dispus, pois o coitado foi gasto por completo... sobra algum ressentimento por falta de proteção comigo, falta de gratidão por parte de gente de lá e alguma mágoa, partindo, logo menos.
Sobra alegria, sorriso e leveza, também. Pois apesar do conflito, saio de dentro me lembrando o quão sonhadora (e não deixarei isso partir) e doce eu sou com as adversidades. Faço arte.

17 de abril de 2013

(En)gana.

Respeitei até meus filmes preferidos, não os tendo assistido contigo. Nem emprestei nenhum dos meus melhores livros pra ti, em respeito a eles e porque não tive vontade.
Completa. Falta de sintonia essencial (falta explícita de essência, isso me mata), do fundo.
Falta de muito. Excesso de falta. Desequilíbrio. Desrespeito excedente.
Ato falho o tempo quase todo e dói um pouco (bem pouco mesmo) a sua falta de merecimento em assistir meus filmes mais amados comigo.
Fim.