21 de junho de 2009

A falta de respeito fez efeito às 2:03 da manhã, depois de um banho dolorido (como sempre é) com esfregões esfolantes afim de "limpar" a sujeira do corpo e da alma, seguido de frio intenso. Há uma hora atrás tudo era verde, com duas bocas quentes de encaixe perfeito.
Mesmo com toda a delícia do momento (há uma hora atrás), as lágrimas correram instantâneas na face quente, com saudade uma hora depois. Não saudade da sensualidade, ou do beijo de encaixe perfeito mas saudade do beijo perfeito, parecido com os de cenas finais em filmes românticos, das mãos com encaixe perfeito.
E as lágrimas desciam ao lembrar que ele esfregava sua mão (junto a dele) na barba, e beijava cada dedo seu como se tivessem sabor (e sabores diferentes, cada um deles).
Enrolada na toalha úmida, chorou com olhos manchados, a vontade de te ter sempre por perto, de ter o beijo perfeito e as mãos ásperas. Vontade de te sentir por dentro e não mais se sentir vazia.