1 de março de 2010

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recua quando o novo tenta invandir o espaço do antigo. antigo é apelido para auto-respeito, que por sua vez é meio eufemismo para medo absurdo da enchente de luz e sombra.
o painel faz rir em dobro, absurdos objetos espalhados misturam-se em pernas e peles macias, tecidos aquecidos e a selvageria mais profunda e delicada.
antigo. respeito. diferença. novo enredo de um conto áspero e boca profunda, capaz de afogar o mais experiente marinheiro, mesmo que munido de espirais douradas até os dentes.
o afago mais transcedental-momentâneo e apromessa mais efusiva e sem fundamento. talvez igual as outras porém mais densa, capaz de marejar em poucos segundos, com poucas (ou nada de) palavras os mais doces caleidoscópios de mel.
o peito pede (nova) vida, os olhos desrespeito, mas sucumbem ao couro transparente do combate ao doentio.
é covardia, mas apesar da fixação por minutos, já foi exilado desse país...


(21/01/2010)