25 de abril de 2013

Atrás da porta.

Você perdeu tanto de mim... tudo de mim é muito. Teria ganhado (além do que já havia) muito mais afeto e proteção pro coração, do que noites e dias mais vazios, mais e mais vazios. Mas isso não é sobre você nem sobre lamento.
É sobre mim e o quanto eu possuo aqui dentro, sobre enxergar x cegueira sentimental, ser um par e sobre o quanto eu venho varrendo a dor pra debaixo do tapete na última semana.
Quando acumulou sem mais delongas, tentei esconder atrás da porta ("reclamei baixinho... dei pra maldizer o nosso lar" e etc.) sem êxito. Por saber quem sou.
Isso é sobre o porquê desse mecanismo de defesa da mente que não me deixa nem visualizar seu rosto não sendo amorfo, quando meu coração é sempre transparente. Sobre espalhar essa mágoa doída pelo chão pra ver melhor, assimilar, ressignificar e deixar ir.
Pela primeira vez não se trata unicamente de amor romântico... e muito pelo contrário, é quase só sobre amor próprio. O tal é que está me sufocando (ou tentando limpar a cena) e é por ele que esse resto todo precisa tomar seu rumo.
Não existe excedente de todo aquele amor que eu dispus, pois o coitado foi gasto por completo... sobra algum ressentimento por falta de proteção comigo, falta de gratidão por parte de gente de lá e alguma mágoa, partindo, logo menos.
Sobra alegria, sorriso e leveza, também. Pois apesar do conflito, saio de dentro me lembrando o quão sonhadora (e não deixarei isso partir) e doce eu sou com as adversidades. Faço arte.

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