1 de dezembro de 2010

09/11/2010

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não sei como você ousou um dia pensar em me deixar. mas ousou também me ter de volta... e isso importa agora, só isso.
mas como você viveria sem seu carinho preferido, sua escova verde e sem mim, pra salvar de baratas e monstros afins?
foi insanidade nossa passar o fim de semana mais fora de órbita do ano, com tanto vazio e entorpecendo a mente pra se sentir forte, sendo que somos agentes catalizadores um do outro.
como você conseguiu ver seu carro sem fios de cabelo loiros-vermelhos pelos bancos e sentir sua cama tão grande? sem mim batendo o cotovelo na parede?
eu senti falta da luz que entra pela fresta da sua cortina, fazendo a sombra das árvores ficar pela metade e minha cor tão bonita.
aposto que você sentiu a mesma falta que eu do nosso edredom colorido, e da casinha que é minha, mas você montou comigo. me faltou sua força física, até pra abraçar quebrando minhas costelas e com certeza, te faltou a doçura com a qual eu deslizo meus dedos pelo seu cabelo, te fazendo dormir em paz.
me faltou seu realismo e te faltou minha síndrome de pollyana.
acho que você não arriscaria de novo, ficar só com você mesmo, como eu sempre digo, fomos postos juntos porque tinha que ser, porque somos água e óleo e conseguimos nos misturar e fazer o bem mútuo. você é maravilhoso pra mim e eu, pra você.

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