12 de outubro de 2010

repulsa

é bom olhar de novo, só pra sofrer um pouquinho, dar uma futucada na ferida e me sentir superior diante de tanto vazio, imaturidade e ilusão.
será que causa alguma nostalgia? a mim causa letargia ver tanto amor desperdiçado, tanto tempo jogado no lixo.
janeiro de 2009, e aperta o estômago enquanto ele ronca de fome. aperta e me lembra que a vida está existindo nesse momento, que amor é dor e que nós, loucos, aceitamos e assinamos o contrato de sentir saudade, ciúmes, dores, apertos e tudo mais.
meus ossos doem de frio e minha mente chacoalha perdida, sem entender muito bem o porquê de tudo. tanta vida, tanto sentimento, tanta mentira, tanta verdade. tantos costumes bestas, sonhos irreais que eu não sonhei com menos idade, talvez devesse ter sido uma babaca sonhadora e mutiladora de verdades, pra agora não estar doída e querendo tirar quatro pés do chão, já sabendo que seria sem êxito.
continuando com a dor no estômago, nojo, intolerância, repulsa... só devo atravessar o quintal pra me proteger no meu casulo mas resolvi dormir ou passar a noite mesmo no casarão. sob os cuidados do melhor casal do mundo (mesmo que eu tenha quase duas décadas), caso haja uma explosão ou eventualidade. sob os cuidados deles, me sinto protegida, caso contrário, não.
como a posse é nojenta, repulsiva. acabei de sair desse mundinho de lixo de vocês e meus olhos estão marejados de água, mas ela não vai cair.

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