25 de outubro de 2010
não sei o que estou sentindo agora. poucas vezes estive presa nessa incógnita.
queria estar deitada naqueles sofás muito fofos que engolem a gente. meu coração palpitou forte, mas também parou rápido deixando a dúvida no ar.
me sinto tão forte, tão segura, tão eu mesma... cheguei à conclusão de que faço mesmo tudo o que tenho vontade, sem intenção de machucar ninguém e isso dá certo, é uma vida sem jogos.
meu deus! preciso daqueles sofás ou de me cobrir até a cabeça com o edredom e o Sidney Sheldon mesmo.
o amor é mesmo uma coisa muito louca, se for ele realmente quem me faz querer sair correndo, agora.
23 de outubro de 2010
21/10/10
aquele amor ou paixão que terminam em nojo, era o que eu queria sentir agora.
que só de ouvir seu nome, eu vomitasse tudo o que aconteceu, que eu pudesse jogar fora toda a roupa de cama e a cama se possível.
me sentir por cima, como você deve estar, sair "ganhando" enquanto tudo é perda.
meu pai me ensinou que eu não esperasse nada de ninguém, há anos... e também que meu coração era puro demais pras pessoas e elas não aguentavam meu amor, que eu era boa demais, legal demais, amava demais... mas que as pessoas quase nunca retribuem da forma doce, como eu passo á elas. e começo a me convencer de que ele esteja certo.
mas acho que nasci do avesso, agora quero esperar de mim o asco, o nojo, a repulsa das flores e tudo o que foi tentado, na medida do possível, se fazer, quero ter aversão a mim, por trabalhar, guardar dinheiro pras viagens sem destino e dias inteiros na praia, que idealizei na minha mente inocente, onde tudo termina bem pra TODOS. também por me culpar tantas vezes por algo que, pobre de mim, não sabia que podia retorcer tanto meu coração.
talvez, daqui a um tempo eu consiga escrever outras coisas bonitas, mas por ora, é só escuro e amargo e me desculpem. só sei escrever sobre o amor, seja com júbilo ou ira.
o mundo só é mundo, porque ele existe.
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(sabia que esse texto não seria em vão, já esperei alguma coisa, ao menos. não pode terminar bem pra TODOS, como no meu mundo.. alguém vai sair ferido.) 23/10
22 de outubro de 2010
tapa.
3ª missão: em andamento
hoje tive ânimo e vontade e almocei com um amigo querido, expandi a mente e a sensibilidade e estou me sentindo mais forte, também um pouco frenética, agitada... mas muito feliz por certos fatos.
não houve choro, mas ainda me sinto diminuidamente pequena. mas parece que incrivelmente hoje,
todos resolveram me elogiar e eu comecei a costura da auto-estima.
recebi uns amigos em casa, coisa boa e não cansativa... recebi mais coisas boas também.
e pra fechar com CHAVE DE OURO, perguntei a um aluno "o que faria pra viver agora", nessa situação "sozinha" e ele me respondeu com a maior naturalidade, até com um pouco de ironia"como se a tia não soubesse disso", guardando o material: "ué, é só lembrar que dentro de você tem uma pessoa especial, né!"
se despediu com um beijo sincero e foi embora deixando um pouco da paz das crianças comigo, pra usar no fim de semana que começa hoje, sem maiores shows ou fugas, na maior serenidade.
21 de outubro de 2010
e se...
hoje faz meses de que você duvidou que eu te beijasse e se surpreendeu com o beijo.
3ª missão: em andamento.
ontem eclodiu tudo o que de feio eu previa sentir.
meu braço quase recuperado dói, mas me orgulho de não ter saído daquela agulha nada que me entorpecesse. fui forte o máximo que pude. senti o mesmo frio, o mesmo vazio e vi as gotinhas correrem mais rápido. um pouco menos de inferno que a três anos atrás, mas mais frio e a dor nova no fundo do peito, que eu achava que acontecia só em filmes ou novelas. o mesmo aperto na garganta e FODA-SE o mundo, mas eu não acredito que quem ame, deixe. vou morrer defendendo essa idéia e não sei porque diabos o meu amor não diminuiu nem um por cento ainda.
ainda, ainda, ainda. eu já estive onde estou e onde você esteve, mas nunca deixei alguém que amasse e nunca tinha sido deixada apaticamente, assim.
meu peito já se dilacerou com a falta de manutenção, mas fecha um pouquinho a cada dia.
é um bom e doloroso aprendizado. vou repetir a palavra dor quantas vezes precisar, porque agora ela é minha real companheira, ás vezes dá uma trégua mas está sempre comigo preenchendo o vazio que ficou entre os dois lados da cama e do meu peito.
pudera eu concretizar essa revolta em forma de força. MAS a força da qual eu precisava desde os onze anos, já está quase resgatada.
tempo é um fator isolado que dói lado a lado com seu bendito amor inegável. infelizmente, só ele resolve, mas não se atrevam a me dizer isso pois o amor já veio e foi tantas vezes nessa vidinha de merda.
e agora, vejo tudo ir mais uma vez por água abaixo, menos a dor e o buraco vazio que talvez seja amor não correspondido.
viram? comigo também acontece. e eu estou aqui despida de máscaras e atitudes de "gente forte", admitindo que os olhos ainda incham porque ainda choro umas duas vezes ao dia, ainda acordo de madrugada querendo um abraço, mas aquele seu de verdade, ou ligar pra dizer que você fez tudo errado, que isso não se faz com quem ama.
e esqueço que sou eu quem tem os olhos vermelhos em volta e as olheiras ainda... mas também sou eu quem acredita que quem ama, não deixa.
18 de outubro de 2010
velha com gatos?
2ª missão: cumprida
aniversário de cinco anos do irmão de uma aluna de nove que me ama demais e é recíproco. levei stela com o convite que sobrou.
até pensei em ficar escornada na cama quente, com um robe de velha que cria gatos até a morte, mas não faria isso a uma criança que me diz querer ser minha filha de tão boa que eu sou.
boa é ela, que retribuiu minha força com o brilho no olhar mais sincero do mundo.
entre gente velha, nova, estranha, conheci primos de tios de avó de não sei quem e não nego, algumas vezes tive vontade de correr.
mas estive firme e fiquei no máximo uma hora, meu limite, mas, missão cumprida.
minha aluna encheu os olhos d'água quando eu fui embora, eu disse a ela que a amava, que só tinha saído de casa por ela e que um dia depois já iríamos nos encontrar de novo.
ela me abraçou forte e eu fui embora em paz, deixando a velha e os gatos na cama.
15 de outubro de 2010
a esperança também cansou.
desde quando o amor cura tudo? o amor próprio pode ser que sim, mas o amor solto só consegue ser mais escuro.
[levante, mulher! faça uma maquiagem de rosto e alma, suba num salto que é pra parecer superior e desinteressada pelo mundo e pelos problemas.]
o amor solto faz coisas como sorrir sem vontade pra ver o outro melhor (e é bonito), te faz meio livre, te espera horas por consultas chatas, faz amor com emoção mesmo no momento incerto, aceita silêncio, aceita apatia, aceita limites até eles sucumbirem à raiva de algo impalpável, quer teste, quer ver até onde dá, quer abraços forçados, quer, quer, quer, sempre dos dois lados.
[mulher! você vai perder tudo o que conquistou se não vestir uma boa lingerie e não passar um rímel nesses cílios que é pra "levantar o olhar". seu homem vai encontrar mulheres mais bonitas, animadas e FELIZES, que você! corre, finge que tá tudo perfeito.]
foda-se o destino.
o amor próprio não quer ouvir respirações profundas espirando cansaço, quer até fazer coisas ridículas e faz, mas logo se arrepende, quer se esforçar, quer não ter que se esforçar, quer sair de casa de cara limpa, quer cair no chão de fraqueza e receber um carinho na cabeça que seja, quer dormir acompanhado, às vezes tenta agradar, mas vê que a torre vai ser chutada em seguida, quer ter força, aceita quando não tem, vibra quando tem, tem pouca coisa, aceita o que não merece, corre atrás do que merece.
amanhã são duas décadas e á anos quero sumir um dia antes, mesmo sabendo que quase todas as pessoas vão fazer até o impossível pra ser perfeito.
meu sonho era que elas esquecessem, pela minha falta de ser e estar.
mas eu mesma dou um jeito de esquecer e bato palmas como se fosse pra outra pessoa presente. tenho até vontade de chorar quando vejo tudo o que pessoas especiais fazem por mim.
esse ano não sei se as lágrimas vão acontecer antes de dormir. se pudesse, previa tudo o que de feio e frio vou poder sentir amanhã, sumiria e reapareceria querendo um abraço de mãe. só ela abraça com tanta verdade.
[mas me alivia pensar que não preciso do rímel, nem da lingerie amanhã, porque quem vai estar do meu lado, me vê transparente, quem não sabe, nem imagina e quem não quer ver que vende os olhos, só amanhã...
12 de outubro de 2010
repulsa
é bom olhar de novo, só pra sofrer um pouquinho, dar uma futucada na ferida e me sentir superior diante de tanto vazio, imaturidade e ilusão.
será que causa alguma nostalgia? a mim causa letargia ver tanto amor desperdiçado, tanto tempo jogado no lixo.
janeiro de 2009, e aperta o estômago enquanto ele ronca de fome. aperta e me lembra que a vida está existindo nesse momento, que amor é dor e que nós, loucos, aceitamos e assinamos o contrato de sentir saudade, ciúmes, dores, apertos e tudo mais.
meus ossos doem de frio e minha mente chacoalha perdida, sem entender muito bem o porquê de tudo. tanta vida, tanto sentimento, tanta mentira, tanta verdade. tantos costumes bestas, sonhos irreais que eu não sonhei com menos idade, talvez devesse ter sido uma babaca sonhadora e mutiladora de verdades, pra agora não estar doída e querendo tirar quatro pés do chão, já sabendo que seria sem êxito.
continuando com a dor no estômago, nojo, intolerância, repulsa... só devo atravessar o quintal pra me proteger no meu casulo mas resolvi dormir ou passar a noite mesmo no casarão. sob os cuidados do melhor casal do mundo (mesmo que eu tenha quase duas décadas), caso haja uma explosão ou eventualidade. sob os cuidados deles, me sinto protegida, caso contrário, não.
como a posse é nojenta, repulsiva. acabei de sair desse mundinho de lixo de vocês e meus olhos estão marejados de água, mas ela não vai cair.
dave.
02:02, estou pronta pra dormir, mas como um afago na cabeça, está passando a reprise do show do Dave Matthews na tv.
"you and me, togheter...yeah, yeah...", soando como uma mínima sensação de paz depois do dia de hoje. hoje sou mais forte e maior que eu mesma, começa "crash into me" e meu corpo se arrepia todo, paro um pouco pra ver, acaba a música e eu tenho vontade de voltar e fazer amor a noite toda mas não desejo ninguém, nem a mim mesma.
tudo tão complexo, tão completo... como eu me sinto agora, fui até o fim com minhas palavras. lembro de um amigo que estava no show e sinto saudades, dor nos músculos do pescoço ás costas, ele toca mais meu coração e meu corpo com mais uma música, tudo ao mesmo tempo.
hoje fui uma mulher real e a cada dia sou mais um pouco de mim, me sinto mais viva, mais forte... e sei que isso pode gerar aquela subversão amarga dos sentimentos que me espanca de indiferença diante de tudo, mais pra frente.
como eu quero dormir sozinha hoje, ocupar cada centímetro frio da cama grande e sentir o frio nos pés.
até ameaço uma balançadinha nos dedos dos pés mas acaba o show e minha bateria, já fiz demais por hoje.
amanhã só faço o que "vier de encontro a mim."
6 de outubro de 2010
tédio-gigante.
uma semana de molho... alguns problemas e seus derivados: cama, sono, tédio, cama, tédio, cama, cama, tédio, tédio eterno.
já fiz o que dava, fiz as unhas e tomei banho pra parecer gente, com muuuuuito esforço.
dei conselhos amorosos pra um primo, já que sou especialista nisso (quando se trata dos amores alheios), discutimos sobre garotas loiras e siliconadas que tem próteses no lugar do cérebro, sobre como elas malham tanto e não trabalham, sobre como eu trabalho e não malho.
conversei com outro amigo sobre problemas cotidianos e ele fez graça com tudo (ele é o único que tem esse direito), elogiou minha magreza excessiva (só ele consegue esse feito), brincou que tudo o que acontece na minha vida é apenas pela ausência da carne, eu ri um pouco mas sem mostrar os dentes.
que vontade de arrancar o tédio de dentro do tronco com as mãos, sem dor... não tem livro, música, festa, show, reuniãozinha, social nem outro tipo de distração que me atraia.. tô com enjôo do mundo hoje, justamente hoje.
queria ir pra um parque, daqueles de bairro, bem cheios de tétano e andar na roda gigante, olhar tudo de cima mesmo que não seja tão alto.
eu e eu, como fazia antigamente quando sentava de frente pro mar e respirava meu ar, soltava meu ar, olhava meu mar, até tremer sozinha com meu frio e ir embora sozinha com o cabelo embolado pelo vento e pela maresia.
até pra escrever trava um pouco e nem sei se eu deveria mesmo postar esse texto e nem se deveria ser chamado de texto... mas preciso aprender a ocupar minhas lacunas, principalmente se são TÃO minhas, como esse espaço.
termino no tédio ainda, ainda dando conselhos pro primo, rindo pouco do amigo, ouvindo minha mãe falar da rua pra beber água e com vontade de estar lá no alto da roda gigante.
4 de outubro de 2010
muito pouca força já é alguma.
eu mesma, sem nó na garganta, sem aperto no peito, sem dor... só com um pouquinho de lágrimas.
não costumo fugir dos problemas, aconteceu hoje porque houve o mínimo de autopiedade pela primeira vez e pela primeira vez defendi minha palavra até o fim e não pretendo voltar atrás, me culpar, autodestruir e flagelar por querer abraçar e cuidar de tudo e do mundo... porque eu me viro do avesso pelo bem estar geral da nação desde pequena? será que eu preciso de aprovação? bajulação?
não creio nisso até porque cheguei a um ponto em que não consigo achar nem a profundidade dos meus olhos bonita.
quero a cama toda pra mim essa noite, o carinho dos lençóis e do edredom, os beijos do vento fraco que entra pela janela e o cuidado do céu que me encara até o nocaute.
o orgulho agora vai ter a destreza de machucar mas dessa vez, se eu olhar dentro e até fora, vejo mais feridas e não me enxergo... porém hoje meus olhos estão abertos.
quando toca o celular, tenho até a pretensão ridícula de achar que é por sua causa e esqueço que de que por pior que seja ou com quem seja, sou eu quem traz a paz no fim, me desrespeitando e doendo mais tarde.
mas hoje, eu não quero e nem se quisesse teria forças.
hoje vou tirar os pés do chão e sentir sem medo ou culpa de pesar alguém ou o mundo, com a doçura na minha medida e tratando do lado de dentro... porque já está tarde da noite no meu mundo pra provar o meu amor e falar só sendo escutada, pegar leve e ter que chorar pro céu mais tarde.
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