eu acabo fechando as mãos com força até marcar com unhas, tensionando a testa e o cérebro e me sentindo pequena demais, fraca, vulnerável à essa história toda, como se nunca mais fosse se acertar.
eu escuto amor, ouço amor, mas não vejo esse amor todo. sem agressor ou agredido. esse amor se esvaiu há um tempo, ou pelo menos suas formas as quais penetravam na mente, confiavam, deixavam sem esse nó doído na garganta que não tem mais força. sem esse ódio da impotência, sem mãos atadas.
faz falta aquele amor que demonstrava poder tudo, com tudo e todos, que dava força pro resto da vida também, que avivava, que não exigia exigências, que não pedia pedidos e sabe por quê? porque não precisava, tudo acontecia certo à sua maneira.
eu até sinto um retorno ás vezes, mas admito que sou uma só e não sei se aguento cuidar de dois corações, até porque só mando nas vontades do meu, e nesse ainda existe muito amor.
me enfio debaixo das cobertas com medo de sair, de estar do lado no meio da rua, de catar os pedaços de amor quebrados e tentar colar sem cola.
até quando?
Nenhum comentário:
Postar um comentário