12 de julho de 2011

11/07/2011

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Você me deixou na manhã seguinte ao meu aniversário, sem dó nem piedade. Foi aí onde você realmente me deixou, depois disso foi só busca por paz.
Teria doído menos se não tivesse passado vinte e quatro horas do meu lado e nem aparecido com o livro que eu estava sonhando.
Pra quê? Pra deixar uma última impressão bonita depois da noite catastrófica?

Quase um ano depois ainda dói... não o aniversário - você sabe que eu não acredito em convenções sociais - dói saber que um dia você apareceu com um monte de flores no meu portão, passando por cima do seu orgulho idiota (que é cultivado), da minha família e pela única vez conseguiu me deixar sem palavras.
Conseguiu mostrar sem complexidade e sem falar muito, o quanto sentia por mim, o quanto cuidava do amor valioso que você sabe que mora no meu peito.
Nesse dia, meses antes do aniversário, eu acreditei em tudo o que eu sempre quis pra nós dois, pena que não rendeu até o fim.

Agora você é esse emaranhado denso de dúvidas - das quais você tem completa certeza - e eu sou a leveza que não te faz falta, porque você se habituou a morar nessa caverna angustiante que apaga seus olhos e eu não tenho mais coragem de entrar.

O dia em que essa história lânguida, prostrada esquecer de mim, talvez doa menos meu coração despedaçado, talvez minha mente inteira tome o lugar desse molengo.
Porque pro seu azar... onde minha mente é um quartinho, meu coração é um galpão enorme.

2 comentários:

Lorena Machado disse...

Lindo :)

Raquel Fagundes disse...

li algumas coisinhas e gostei... muito bom!