17 de julho de 2011

Game over.

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Nem sei por que ser, ou a falta de ser assim. Você chora quando eu te ligo pra saber como estão as coisas mas eu choro só de olhar dentro do seu olho claro, cheio de nuvens carregadas de silêncio e choro por mim e por você.
Isso é falta de ser, privação de várias coisas lindas que não necessitam de rótulos.
Eu saí.
Bem arrumada depois de tanto tempo "jogada as traças" por dentro e por fora e achei que estava arrumada por dentro também. Por fora um vestido curto, um salto alto, uma maquiagem forte...tudo o que a gente sempre abominou juntos. Por dentro o coração esfacelado, sem jeito de colar e os restos apertados... tudo o que eu sempre abominei.
Chamei a atenção de alguns.
Bonitos, fortes, magros, cabelo cortado, cabelo comprido, olhos claros/escuros, bem sucedidos, na merda, limpos, sujos, e em todos eles eu procurei você ou a falta de você... e assim não enxerguei mais nada, achei que alguma coisa estava errada comigo.
Os homens me conhecem, mas depois de alguns minutos soltam um: "nossa, você é louca"... o que eles "eufemizam" ás vezes com: profunda, lírica, romântica, diferente etc...
Mas você enxerga toda essa loucura e ama isso tudo e é nessa hora que eu caio do salto e borro a maquiagem no meio da rua se você quiser, só pra estar do seu lado, debaixo das cobertas fazendo qualquer coisa que você queira. E é nessa hora que eu ligo, porque preciso que você saiba de novo que isso TUDO é verdade. Eu sou de verdade, você tem que saber...eu vivo no mesmo planeta que você e os fortes, magros e toda a merda que circunda.
Eu sei que vai doer ler isso, vai ter gente falando que eu me exponho demais, não tenho vergonha nenhuma, tem gente que vai chorar, outros vão perguntar de quem eu tô falando e eu não dou importância.

Assim como eu entendi algumas coisas que você disse que doeram tanto quanto esse texto, e não tive vergonha, não chorei, não me expus, não fui fraca, eu só te amo e doeu.
Mas tudo passa.. amor, dor, falta, vazio, frio, passa um dia de repente quando a gente menos espera. Eu só não espero pra falar o que eu sinto.