19 de novembro de 2012

Amanhã, paz.

A palavra saudade só existe na nossa língua. Mas dentro dessa sala fria, um alemão bem mais velho que eu, certamente já deve ter se sentido como eu me sinto no momento em que ele me olha.
Você agora existe mais que na minha língua e minha boca toda já sente sua falta.  Talvez essa falta seja pela recém aproximação que me fez reacender uma luzinha la no fundo, onde eu havia trancado e engolido a chave.
Não que eu não acredite mais no amor, é que ainda não se trata dele... Mas de uma paixão leve e mutante, onde houve aproximação, ganho e crescimento interno, me tornando menos complexa, me ensinando a expor, sentir e até escrever de forma mais branda. 
E te ver modificar coisinhas pequenas, te trazer pra um pedaço do meu mundo, me encheu de uma felicidade leve, daquelas que alegram a alma. Demorei, mas encontrei. E foi... como tudo na vida vai, abrindo novos ciclos.
Agora que você vai, meu coração aperta no avião, no trabalho, vendo um filme e eu já sei como isso passa rápido. 
E apesar desse nó nos nossos laços, quem fica é você que me conheceu em partes ainda descontínuas, nossos capítulos de risadas baratas, cobertas,som, calor e carinho (e MUITO mais, porque isso tudo foi muito em tão pouco).

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