5 de junho de 2012

Li todos os textos não lidos até o "Amor é síntese" com o peito carregado de saudade - e confesso -um pouco de mágoa.
 Porém, Sr. Amigo de Infância, (apesar de eu ser uma das mulheres mais corajosas que conheço)meu peito também aperta pela (in)certeza do retorno. Ok, não devemos dar esperando de volta, porém te conheço há muito e talvez o senhor me conheça muito melhor que eu, logo, não me arrependo nem de me arrepender do que eu possa causar no seu enorme coração congelado. Pra mim, um freezer que a vida instala dentro do nosso peito com o passar do tempo e a cada decepção a temperatura cai mais.
Porém, pessoas 80 como eu, gostam de acender um fósforo aqui dentro de vez em quando, porque pessoas como eu amam ou não. 
Sei que o senhor entende quando eu digo: algumas amizades acabam e é chato, outras acabam e é dolorido de fechar a garganta. Outras pessoas passam intensamente pela nossa jornada e quase nos fazem acreditar na existência delas. Mas eu e o senhor, mesmo que me deteste até o fim da vida, somos conscientes e certos da nossa existência, nós nunca precisamos de "achismos", porque nossos abraços sempre foram um mundo projetando a perfeição no outro, destruído ou não.

Fico por aqui, lembrando ao senhor que isso foi só um fósforo no seu freezer, bem mais gelado que o meu... mas que minha intenção era abrir as portas e acender uma fogueira.

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