29 de julho de 2011

Grande Botafoguense!...

...Foi a frase que estragou soprando minha nuvem de pensamentos! E eu nem gosto do botafogo...
eu espero uma amiga ligar, mora longe mas nem tanto...o dia é que está demorando a passar mesmo. Frio. Granito frio e eu escolho rolar no tapete com o cachorro da casa.

Passo a mão no cachorro e parece que a palma é feita também de pêlos, só sinto a ponta dos dedos.
O cachorro deita na altura dos meus quadris e cheira a minha barriga,logo, seguro o focinho dele.

Faço o trajeto da sala de gente sofredora e venho pro quarto escrever, sozinha. As pessoas aqui ou são felizes ou tristes demais... todos tem extremos assombrosos e eu nessa película de bolha de sabão. E agora...
Achei esse computador e teclo cada letra a cada três segundos, o quarto gira em volta de mim, acho que foi alguma coisa deliciosa aqui do país das maravilhas em que eu estou.

"É Alice!", grita uma criança na varanda e eu não acreditei na coincidência...não quero que ninguém entre aqui mas passo as palmas da mão no teclado quente e meu rosto esquenta também.

Muita bagagem, pra pouco caminhão...Fé em deus e pé na tábua!

17 de julho de 2011

Game over.

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Nem sei por que ser, ou a falta de ser assim. Você chora quando eu te ligo pra saber como estão as coisas mas eu choro só de olhar dentro do seu olho claro, cheio de nuvens carregadas de silêncio e choro por mim e por você.
Isso é falta de ser, privação de várias coisas lindas que não necessitam de rótulos.
Eu saí.
Bem arrumada depois de tanto tempo "jogada as traças" por dentro e por fora e achei que estava arrumada por dentro também. Por fora um vestido curto, um salto alto, uma maquiagem forte...tudo o que a gente sempre abominou juntos. Por dentro o coração esfacelado, sem jeito de colar e os restos apertados... tudo o que eu sempre abominei.
Chamei a atenção de alguns.
Bonitos, fortes, magros, cabelo cortado, cabelo comprido, olhos claros/escuros, bem sucedidos, na merda, limpos, sujos, e em todos eles eu procurei você ou a falta de você... e assim não enxerguei mais nada, achei que alguma coisa estava errada comigo.
Os homens me conhecem, mas depois de alguns minutos soltam um: "nossa, você é louca"... o que eles "eufemizam" ás vezes com: profunda, lírica, romântica, diferente etc...
Mas você enxerga toda essa loucura e ama isso tudo e é nessa hora que eu caio do salto e borro a maquiagem no meio da rua se você quiser, só pra estar do seu lado, debaixo das cobertas fazendo qualquer coisa que você queira. E é nessa hora que eu ligo, porque preciso que você saiba de novo que isso TUDO é verdade. Eu sou de verdade, você tem que saber...eu vivo no mesmo planeta que você e os fortes, magros e toda a merda que circunda.
Eu sei que vai doer ler isso, vai ter gente falando que eu me exponho demais, não tenho vergonha nenhuma, tem gente que vai chorar, outros vão perguntar de quem eu tô falando e eu não dou importância.

Assim como eu entendi algumas coisas que você disse que doeram tanto quanto esse texto, e não tive vergonha, não chorei, não me expus, não fui fraca, eu só te amo e doeu.
Mas tudo passa.. amor, dor, falta, vazio, frio, passa um dia de repente quando a gente menos espera. Eu só não espero pra falar o que eu sinto.

12 de julho de 2011

11/07/2011

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Você me deixou na manhã seguinte ao meu aniversário, sem dó nem piedade. Foi aí onde você realmente me deixou, depois disso foi só busca por paz.
Teria doído menos se não tivesse passado vinte e quatro horas do meu lado e nem aparecido com o livro que eu estava sonhando.
Pra quê? Pra deixar uma última impressão bonita depois da noite catastrófica?

Quase um ano depois ainda dói... não o aniversário - você sabe que eu não acredito em convenções sociais - dói saber que um dia você apareceu com um monte de flores no meu portão, passando por cima do seu orgulho idiota (que é cultivado), da minha família e pela única vez conseguiu me deixar sem palavras.
Conseguiu mostrar sem complexidade e sem falar muito, o quanto sentia por mim, o quanto cuidava do amor valioso que você sabe que mora no meu peito.
Nesse dia, meses antes do aniversário, eu acreditei em tudo o que eu sempre quis pra nós dois, pena que não rendeu até o fim.

Agora você é esse emaranhado denso de dúvidas - das quais você tem completa certeza - e eu sou a leveza que não te faz falta, porque você se habituou a morar nessa caverna angustiante que apaga seus olhos e eu não tenho mais coragem de entrar.

O dia em que essa história lânguida, prostrada esquecer de mim, talvez doa menos meu coração despedaçado, talvez minha mente inteira tome o lugar desse molengo.
Porque pro seu azar... onde minha mente é um quartinho, meu coração é um galpão enorme.