Esse ano, ela rodopiou num pé só e caiu deitada de barriga pra cima no sofá, com um sorriso de boca inteira.
Sem namorado, sem "presente", sem lingerie de renda nem jantar. Só com o sol batendo de um jeito lindo no rosto e cabelo dourados, que deixavam os quatro olhos quase da mesma cor.
Com mil beijos sem sedução, abraços apertados de polos opostos, gargalhadas e sorrisos.
Podia-se ver tudo no rosto dela: amor, verdade, sardas, cílios louros, vontade... e ele viu.
Ela errou e reparou algumas questões que trouxeram mais paz, sentou num banco de concreto que quebrou o gelo dos dois, que já não conseguem ter segredos, se lembraram do universo de liberdade que imperou durante uma era de paz.
Ela errou, mas acertou ao transformar um beijo em "quase", trazendo a delícia de volta.
(12/06)
"Drão
Não pense na separaçãoNão despedace o coração
O verdadeiro amor é vão
Estende-se infinito
Imenso monolito
Nossa arquitetura
Quem poderá fazer
Aquele amor morrer
Nossa caminhadura..."
2 comentários:
Primeiro fiquei com dó dela... depois quis ela pra mim... agora eu a invejo.
Parabens pelo texto, muito bom mesmo
"tem que morrer pra germinar"
estar sozinho nunca foi sinônimo de solidão.
te amo muito
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