11 de janeiro de 2018

10/01/2018

Meu corpo estava quente de onze boas tentativas de aliviar a mente, usando raquetes. Nadei sem fôlego, porém, devagar e boiei. De olhos vendados pelo sol, escutava ao fundo e ao longe "love is what I got...", hoje eu tinha acertado a música pra praia.
Soltei toda a casca dolorida (que me reveste) naquele espaço verde-minério-da-cidade-maldita e, aos poucos, a água se tornava mais fria e "love is what I got" ...bem mais afastada. Escutei o barulho. O fundo do mar, impávido, me assistia. Frio. Mais alto. Barulho. Ba...ru...lho... desfragmentado. BARULHO!!!!
Corpo mergulhando abruptamente, nadei rápido e num nado híbrido de não sei o que combinado com não sei o que, ambos tirados de não sei onde da minha mente. E vozes...
Presença...
A água se tornando morna e se fingindo transparente, dissimulada.
Pés na areia - mãos no rosto - calor.
Silêncio.

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