13 de novembro de 2015

Matizada.

Começou com a volta do achar lindo os casais se beijando nos ônibus 
os amores (re)iniciando-se com alguns fios brancos brotando.
Saudade eu tinha da inspiração de coração amolecido, de flores no cabelo
E de (m)ar.
E se houver qualquer indício de dúvida,
avisa que é de cantarolar os sons mais fluidos pela rua de brisa corrente.


Eu, com voz de sorriso, entendo os desenterros que o coração quer falar
Transformar e deixar ir. 
Deixa
Deix
Dei 
De
D
.



E de repente explodi numa escrevência em primeira pessoa eterna
E tudo clareou ao som de cinza.
Até as escolhas vocabulais estão transformadas em tenra infância. 
Nunca estive tão homogênea e díspar
E é essa dualidade o que faz o ar passar pela garganta. 

2 comentários:

joana ribeiro disse...

Você é demais amiga, amo-te!

Inês Neves disse...

Lindo, muito lindo! A vida de todas as cores e as mãos em asas pelo céu.