28 de junho de 2011

Eu e eu.

Quarenta e cinco minutos foram jogados no lixo por o amor não ser colocado como prioridade.
Eu, cheia de certeza dentro da cabeça e debaixo dos lençóis, penso estar jogando meu peito fora novamente.
Mas e daí? Se o desgaste do coração significar fazer alguém entender - mesmo que em anos - o quanto vale tudo isso, posso dilacerar o mesmo.
Se passar três dias perfeitos juntos quiser dizer - um dia depois - que devo me sentir com cem quilos de coração preso numa caixa, aqui estou, pronta pra livrar o coitado com todas as minhas forças.
Não sei de onde ando tirando essa força, talvez ela estivesse sempre aqui. Talvez eu não tenha gritado tão alto comigo mesma - como agora - pra acordá-la... ela que hibernou tanto tempo aqui dentro.
Do dinheiro, não faço questão... mas a paz eu gostaria que fosse devolvida. Porque por essa sim tive dificuldades, sofri, lutei e agora me pertence... pelo menos nesse ponto o qual dirijo a mim mesma.

Estou sozinha no fim da catástrofe, mas tenho a mim e eu me basto.

20 de junho de 2011

cinco ligações, muitas perguntas e nenhum encontro.

Prefiro escrever sobre outro, antes de você. Mas como você vem antes do outro, a caneta só fica no papel se for sobre você.

Mesmo que tenha menos importância, menos sentimento e mais auto-estima, vou entrar no carro desejando que o espaço do meu lado do carro fosse seu.
Você sempre deixou um canto vazio, mesmo quando "estava" presente e ainda deixa, porque esse é você e por mais que eu lecione sobre atitudes e paixão, seu tempo vai chegar...e seu vazio se concretizar.
E a praia, as loucuras, cantorias e colchonetes não vão ser os mesmos sem você. Porque ao contrário de você, só depois de tanto tempo estou indo sozinha pra longe de casa.
Talvez você seja mais forte que eu, ou eu seja mais inteligente que você... mas se nós trocássemos de lugar, eu me sentiria um homem cercado de vazios agora.

Conclusão: estou sem medo; sei que te coloco no bolso em questão de conteúdo e essência... mas ainda existe amor; só não existem provas.
E assim vou pra longe de casa desejando sua proteção que não é das mais presentes, mas é o máximo que tive até agora e deixo um beijo, talvez um abraço apertado e talvez sua cabeça a mil.

15 de junho de 2011

o amor da gente é como um grão..

Era dia dos namorados e pela quarta vez ela não tinha um. No ano anterior ela escreveu um texto lindo, mas sem propósito, sobre o amor. Todos elogiaram.
Esse ano, ela rodopiou num pé só e caiu deitada de barriga pra cima no sofá, com um sorriso de boca inteira.
Sem namorado, sem "presente", sem lingerie de renda nem jantar. Só com o sol batendo de um jeito lindo no rosto e cabelo dourados, que deixavam os quatro olhos quase da mesma cor.
Com mil beijos sem sedução, abraços apertados de polos opostos, gargalhadas e sorrisos.

Podia-se ver tudo no rosto dela: amor, verdade, sardas, cílios louros, vontade... e ele viu.
Ela errou e reparou algumas questões que trouxeram mais paz, sentou num banco de concreto que quebrou o gelo dos dois, que já não conseguem ter segredos, se lembraram do universo de liberdade que imperou durante uma era de paz.

Ela errou, mas acertou ao transformar um beijo em "quase", trazendo a delícia de volta.

(12/06)

"Drão
Não pense na separação
Não despedace o coração
O verdadeiro amor é vão
Estende-se infinito
Imenso monolito
Nossa arquitetura
Quem poderá fazer
Aquele amor morrer
Nossa caminhadura..."

2 de junho de 2011

Rush now, don't explain...

Não te conheço mais. Eu poderia ficar presa numa jaula com você e iria continuar perdida e me sentindo estranha no ninho.
É diferente (e gostoso) acordar um dia, olhar o fio de sol que entra pela cortina e descobrir que o coração só aperta um pouquinho e que qualquer outro colo, ou qualquer outro carinho são mais leves que a dor de antes.
Finalizo esse ciclo (ex) vicioso com vinho francês e queijo, com balões de todas as cores, violino, vento gelado, parques, castelos, olhos claros, urina quente, coração relaxado, erros cômicos, elefantes risonhos e muita esperança de não esperar mais nada além de (tudo) isso.

22/05/2011.