22 de julho de 2010
16/06
já não preciso mais de tanto esforço, sua imagem se depositou nos meus lábios e dói, sua beleza casta dói deliciosamente no fundo (do peito e) da lembrança.
sua voz já está gravada nos meus olhos e faz sentir o gosto do seu sussurro semanas a fio, me fazendo querer entrar dentro de você.
posso sentir sua paz dentro dos meus dedos num simples fechar de olhos, que é incomparável à candura do calorzinho inabandonável de quando se faz presente.
já sinto seu corpo na minha alma, como a maciez da luz que emana dos escontros (in) esperados. sem desespero. que me possibilita sentir o cheiro do seu carinho a quilômetros de distância e te querer, sempre sereno (a) perto de mim completando seu próprio espaço e me trazendo a paz tão almejada. paz que pode ser ouvida por mim de longe porém eu prefiro (quero) bem de perto, não somando mas multiplicando e me ensinando, deixando faltar tudo o que escurece e amargura, me enchendo de verdade e paixão.
isso (tudo) era pra dizer da paz na mesma frequência.
antes que seja tarde.
21 de julho de 2010
Comigo me Desavim
"Comigo me desavim,
Sou posto em todo perigo;
Não posso viver comigo
Nem posso fugir de mim.
Com dor, da gente fugia,
Antes que esta assim crescesse:
Agora já fugiria
De mim, se de mim pudesse.
Que meio espero ou que fim
Do vão trabalho que sigo,
Pois que trago a mim comigo
Tamanho imigo de mim?"
Sou posto em todo perigo;
Não posso viver comigo
Nem posso fugir de mim.
Com dor, da gente fugia,
Antes que esta assim crescesse:
Agora já fugiria
De mim, se de mim pudesse.
Que meio espero ou que fim
Do vão trabalho que sigo,
Pois que trago a mim comigo
Tamanho imigo de mim?"
(Sá Miranda)
19 de julho de 2010
a facilidade deve ser demasiada pra você, que possui agora esse deleite, todo preparado pro seu bem estar, adornado de doçura e carinho (não) recíprocos.
cheia de noites frias e quentes, rezando pra dormir e não acordar, escuto o som do relógio e sonho em um dia não precisar mais esperar por tudo virar, por ser igual, equalizado. ou por quando a doçura vai se esvair por aí, distribuindo-se involuntáriamente a quem precisa (como você, como eu) e se desperdiçar, sendo que (está) poderia ser canalizada justamente a quem merece (você).
ela não precisa mais ser válvula de escape de almas vazias, ou repletas de solidão e abandono, agora é hora de carinho, de amor e de receber tudo o que já depositou em corações frios.
e deve estar correndo por uma estrada sem fim atrás disso. felicidade.
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