17 de outubro de 2011

23/07/10 - o que eu queria dizer agora:

-

abertura, ou verdade. se eu não posso me mostrar por inteira, do avesso, transparente, crua e elaborada, do jeito que eu "for"... nunca serei eu mesma. tudo depende da forma como o outro lida com o amor. eu sou amor puro e simples, carregado de outros sentimentos coadjuvantes mas não menos importantes que ele, não quero complemento, quero soma e mais ainda, multiplicação. quero sentimento exposto, vísceras à mostra, no mais transparente traje da verdade que existir. não quero privação, teatro, folclore...
quero poder mergulhar e sentir o frio que a profundeza traz, seguido de tudo o que há de lindo lá em baixo... quero enxegar com clareza.
preciso de experiências do passado porém isoladas do que amargurou, alma limpa...melhor, nova.
pronta pra receber tudo o que a esvaziou há muito tempo. quero dois na mesma cama, olhos fechados involuntariamente e abertos por um simples querer enxergar no fundo, o que realmente vale a pena.
quero progresso e não regressão, cuidado, carinho, proteção... esse tipo de atitude necesita ser recíproca pra que brilhe cada vez mais...
não me envergonho de ser só sentimento, basta saber quem tem coragem de acompanhar, quem pode, quem aguenta...e quando aguenta é maravilhoso entrar na mesma frequência.

mais, mais, mais....


(achei esse texto perdido e postei, já que não consigo expelir o sentimento da mesma forma que nessa época!)

2 de outubro de 2011

o acerto:

contraditório, mas o acerto foi triste.
enquanto ele passava pela porta (saindo) com todo aquele tamanho de novo homem mais bonito do mundo, eu me encolhia num canto me sentindo a menor mulher do mesmo. isso durou segundos, enquanto a beleza irresistível dele ia embora na mesma rapidez em que eu juntava tudo pra passar pela porta também.
é incrível como a beleza física pode acabar em milésimos quando o dono é tão feio por dentro. o que tinha de lindo, se transformou em o que tem de covarde, o que tinha de inteligente, se tornou no que tem de vazio.
e enquanto eu prendia o cabelo e respirava fundo, cada expiração minha exalava mais coragem e mais certeza de que aquele golpe, mesmo parecendo auto-dilaceração, me fazia crescer e crescer, até ficar maior que o cara, até passar pela última porta e dar um adeus arrebatador, desses dos quais não se obtém resposta.
não foi a primeira vez, mas fiquei orgulhosa de mim, foi o mais triste e satisfatório ato de AUTO-RESPEITO.

1 de outubro de 2011

o estrago:

quando ele me olha com aqueles olhos de pedinte, eu não consigo contradizer nada que ele diga, nem as bobeiras. ele pode falar e assim começa um novo ciclo de homem mais bonito do mundo. me emociona ver o cara comer uma uva, cena linda, coisa de filme de cineasta europeu que nego paga pau, fotografia perfeita, cores perfeitas e aquele cabelo liso caindo na cara de criança. derreto.
eu sou tratada como uma princesa, "você faz eu me sentir uma delícia", a respiração do novo homem mais bonito do mundo, agora em versão colorida, me dá vontade de beijar a mim mesma. e ele concorda, me faz ir escorrendo pelo chão e esperando ele vir junto com aquele tamanho de homem forte, que nasceu assim. tudo o que você disser, sim. até o que sai da boca dele é gostoso e inevitável de não ser aceito.
eu que já tenho um fraco por sofá, só aumento meu vício, principalmente quando ele é completamente preenchido. "eu gosto de espaços pequenos e totalmente ocupados", "eu adoro seu espaço", depois que ele usa umas expressões inacreditáveis não tem mais jeito, game over.
até porque ele é um universo paralelo que faz esquecer as chatices do resto do dia, "você não confia em mim, né?", não, mas o resto todo, sim.